sexta-feira, 26 de julho de 2013

Nada ficou no lugar

Ele me levou para conhecer sua família. Era um fim de semana. A nossa viagem de ida foi maravilhosa. Paramos para tomar sorvete, tirar fotos e jurar amor eterno um ao outro. Estávamos no início de namoro, e lembro que mal saíamos da cama. Só fizemos essa viagem porque a família dele insistiu em conhecer a nova namorada e a casa deles era pertinho da praia (estávamos em pleno verão). Ao chegar fomos muito bem recepcionados por todos, e sua mãe logo nos mostrou o quarto que iríamos ficar. Corremos para debaixo do chuveiro e transamos. Fomos dormir. Acordamos com a mãe dele batendo na porta e perguntando se estava tudo bem. Gritamos que sim e rimos baixinho. Foi engraçado. Nos vestimos e descemos. Outros primos tinham chegado enquanto dormíamos. Vieram se apresentar e meu coração quase disparou quando um deles veio falar comigo. Na hora eu não sabia o porquê da euforia, mas bastaram dois dias para eu entender: o cara adorava os mesmos escritores que eu, escutava quase todas as mesmas bandas que eu escuto, era gentil, tinha um hálito maravilhoso e de quebra, ainda era lindo. Essas foram as qualidades que eu consegui descobri em dois dias. Tinha mais, muito mais. E eu descobri logo em seguida, quando terminei o namoro. 

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