segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feelings

I don't believe
when you say 
you love me
But when
your fingers
touch me
I feel your love

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Love

Don't go
Stay with me
Kiss me all night
And don't let me sleep
Never


P.S. I'm trying to wtite in english, sorry for my mistakes.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

(In)verdades sobre o mundo


Ninguém morre de amor,
mas há sempre alguém morrendo de amores.
Toda vez que se pede um suco de laranja só com gelo,
ele vem com gelo e açúcar.
Gatos são interesseiros,
cães são leais.
As crianças são sinceras e espontâneas.
O mundo é injusto.
Não existe nada mais fofo
do que a mão de um bebê.
Os homens mentem,
as mulheres fazem amor.
Amor de mãe não tem fim.
Pra tudo que foi dito acima,
existe uma exceção.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ELA JÁ SABIA



Ela sempre soube de tudo, desde o dia que brindaram juntos a felicidade de descobrir que faziam o mesmo curso. Ela não lembrava mais como era se apaixonar, esperar por uma mensagem, ligação; mas sabia que o amor às vezes machuca. Sabia que depois daquelas férias eles não conseguiriam mais viver longe um do outro, e claro, foi o que aconteceu. Ela sabia que poderia não dar certo, mas não é que deu? Claro que ela sabia que um dia isso ia acabar, nunca acreditou no ‘para sempre juntos e felizes’. Só que mesmo sabendo que não, ela ainda acreditava que podia viver com aquela sensação gostosa para sempre. Não é que deu errado? O amor não se acabou (ainda?), mas a sensação gostosa se foi, tudo muito triste. Mas claro, ela já sabia que tudo isso ia acontecer.

sábado, 19 de maio de 2012

BEM-VINDO AO INFERNO



      Ritinha fora abandonada pelos pais, e desde então vivia na rua, pedindo esmolas, praticando pequenos furtos e algumas vezes se aventurando à noite, entre mulheres e travestis. O diminutivo em seu nome não era apenas por ser franzina, mas também por conta da sua idade; ela tinha apenas 13 anos. O que não impendia, é claro, que alguns homens se interessassem em sair com ela.
       Em uma noite de sexta feira, após muita dificuldade, Ritinha conseguiu um lugar pra ficar na Rua das Vagabas (a mais movimentada da região). As outras prostitutas não gostavam de tê-la por ali, pois ela chamava muita atenção por ser criança, o que lhes tirava clientes e ainda atraía a polícia. Mas logo Ritinha ficou feliz ao ver um cara dentro de um carro a chamando. Foi até ele, que disse:
- Quanto?
- Depende.
- De quê – perguntou o homem.
- Do que ocê quer fazer né?
- Eu quero barba, cabelo e bigode.
- Então é 50.            
    Ritinha entra no carro de JJ (como gosta de ser chamado pela família e pelos amigos). Seu nome na verdade é João Júlio, e ele é um estudante de direito; entretanto, detesta o curso e só vai à universidade para que seu pai não se zangue. Neste dia, tivera uma das aulas mais chatas de sua vida, e por isso decidiu passar na Rua das Vagabas, em busca de diversão. Enquanto não chegavam a lugar nenhum, Ritinha ia pensando no que faria com o dinheiro. Ao terminar o serviço, iria comer aquele sanduíche que vem com todos os tipos de carne, e amanhã, quando o supermercado abrisse, compraria uma barra de chocolate, bem grande.           
    Ao parar o carro, JJ o desliga, manda Ritinha descer e tirar a roupa. Mas ela tem uma surpresa: estão em um matagal. Estava tão concentrada pensando no que iria comer, que não percebeu para onde o homem dirigia. Ela desce contrariada, e diz:
- Pera aí seu moço. Me leva pra um quarto.
- Tava pensando que eu ia te levar pra tomar banho de espuma era?
- Eu quero voltar seu moço. Me leva pra rua – diz Ritinha.
Nesse momento JJ tem uma crise de riso, e diz para si, em meio às suas risadas:
- Pensou que ia tomar banho de espuma, ai que engraçado!
Ritinha tenta voltar para o carro, mas seu cliente a agarra, e quando percebe que ela está chorando, grita:
- Cala a boca!            
     Na volta, JJ a deixa na Rua das Vagabas. Ela, quase sem voz, pede seu dinheiro, e ele, após dar uma gargalhada, sai arrancando o carro. Ritinha começa então a chorar, pois além de não receber o dinheiro, está com fome e sente dores pelo corpo; não iria conseguir sair com outro homem naquela noite. Pensa em ir pedir ao dono da lanchonete que lhe venda fiado, ele às vezes era até simpático com ela. Mas o carro da polícia para ao seu lado, e alguém pergunta:
- Tá fazendo o que aí mocinha?
- Nada – responde a menina, que por um instante pensa em contar o que houve para os policiais.
- Então vaza, vaza - diz o policial que dirigia a viatura.
Ela começa a andar para o lado oposto da lanchonete.            
    Pela manhã, Ritinha acorda sentindo seu corpo ainda mais dolorido. Mas não podia ficar ali deitada, daqui a pouco chegaria o dono da loja que ela gosta de dormir em frente, gritando, dizendo que já disse milhões de vezes que não a queria na frente da sua loja. Todo dia era a mesma coisa, mas como Ritinha se sentia segura naquele lugar,  nem se importava com os gritos do homem. No fundo, ela até achava que aquele senhor tinha razão: quem quer um pobre sujo na frente do seu negócio, espantando os clientes?            
    Ela então levanta, com dificuldade, e decide ir ao hospital – as dores estavam aumentando, e desse jeito nem para roubar um pão ela tinha forças. Agora também sentia uma dor no estômago, e muito frio. Ao entrar no Hospital a recepcionista pergunta o que ela quer, e Ritinha diz que está sentindo muita dor no estômago e no corpo. A atendente pergunta onde estão os pais dela, e ela responde que não tem.
- Tem algum documento com você?
- Docu o quê moça?
- Certidão de Nascimento, identidade, tem? 
- Não.
A recepcionista diz que ela espere, pois verá o que pode fazer para atendê-la.
    Já haviam se passado mais de três horas, e Ritinha continuava ali, esperando. Sente que precisa se deitar, mas não há lugar nem para sentar. Sai de dentro do hospital e encontra uns papelões no lixo. Leva-os consigo e se deita em um beco pouco movimentado, ali perto do Hospital, porque assim podiam ir chamá-la quando chegasse sua vez. Avisa ao segurança: “Tô ali deitada viu moço?” O segurança dá de ombros.            
     Na manhã seguinte, uma senhora que passava por aquele beco, atrasada para o trabalho, tropeçou em Ritinha. “Diabo! Sai do meio”, grita a mulher, que só pensava na desculpa que iria inventar para seu chefe, aquele brutamonte. Mas Ritinha não sentiu nada, e nem ouviu ser chamada de diabo. Coisa, inclusive, que ela temia muito.           
   João Júlio, que nesta mesma manhã estava chegando em casa, após mais uma noite de diversão, ao entrar no seu quarto, sente um calafrio. Corre imediatamente para tomar um banho quente, e em seguida vai se deitar. De repente, alguns homens invadem o seu quarto, e começam a despi-lo. Ele tenta gritar, mas não consegue, simplesmente sua voz não sai. O que iriam fazer com ele, pensa JJ, assustado. Mas ele acorda, suando, arfando, e aliviado. Fora um sonho ruim. Volta então a dormir, mas dá um pulo da cama, ao ouvir alguém abrir a porta do seu quarto. Ritinha entra, e diz: “Bem-vindo ao inferno”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PORQUE EU JÁ TÔ DE SACO CHEIO!




Sim, é verdade, a oposição tem se aproveitado. Mas, eu estou de saco cheio de ouvir dos defensores de Ricardus I que toda essa “conversa” sobre a #AutomiaDaUepb não passa de intriga e oportunismo da oposição. Caros defensores, caso ainda não saibam, a própria Marlene votou no Reicardo, eu, Fabiana de Araújo e Silva, que aqui vos escrevo, também votei nele, assim como tantas outras pessoas que demonstram estarem arrependidas, ou pelo menos, desgostosas com o atual governo. Essas também são as pessoas que estão pedindo pela #AutonomiaDaUepb.

Sim, é verdade, algumas pessoas, inicialmente, falavam em privatização da #UEPB. Mas, eu estou de saco cheio de ouvir dos defensores de RuimCardo coisas como: “começaram falando em privatização, e quando viram que não ia dar em nada mudaram pra autonomia”. Marlene nunca mencionou a palavra privatização, e se alguns oportunistas da oposição a usaram, não queiram também usar de oportunismo para prejudicar uma campanha limpa, que visa apenas a defesa da #AutonomiaDaUepb.

Sim, é verdade, Marlene é pré-candidata à Prefeitura de Campina Grande. Mas, eu não estou de saco cheio de ouvir isso não, eu estou a ponto de ter um piripaque quando eu ouço defensores de Vossa Majestade Ricardo Coutinho insinuarem que a Reitora tem usado a UEPB como palanque para se promover. Imagino que se isso é verdade, em 2003, quando Marlene fez greve de fome, e acampou durante dois meses em João Pessoa, visando apenas a melhoria da universidade, deve ter pensado algo como: hummmmmmm, vou começar a me promover para a Campanha de 2012. Por favor, como a própria Marlene já disse, ela não quer e não precisa desse tipo de mídia. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

COMO ESCREVER UMA CRÔNICA


A nova professora de Tavinho pediu que toda turma escrevesse uma crônica, com tema livre, e entregasse na próxima aula. Tavinho não gostou nem um pouco da ideia, porque o dia para entregar a tal crônica era na segunda-feira, e ele teria que passar o fim de semana fazendo algo que ele detesta: escrevendo.

Como ele tinha sido reprovado ano passado, não podia deixar de escrever essa crônica de jeito nenhum, e o jeito era tentar escrever o mais rápido possível, para poder aproveitar um pouco do fim de semana, e não ter que contar aos seus amigos que não ia ao shopping porque tinha dever de casa para fazer. Imagina a zoeira que ia ser!

Pegou papel e caneta e começou a escrever ... “Era uma vez em um mundo tão tão distante...” Mas aí ele lembrou do que a professora falou, que Era uma vez a gente só usava para contos de fadas. Lembrou também que Suzana, a sua nova professora, tinha dito que as crônicas tratam de acontecimentos cotidianos, que circulam em meios de comunicação como jornais e revistas.

Tavinho então correu para o computador e começou a ler sobre todas as notícias do dia, com o intuito de encontrar uma boa história e escrever sobre ela. Ia ser fácil demais, ele pensou. Porém, nenhuma das notícias lhe trouxe inspiração, porque ou eram notícias muitas tristes - sobre assassinatos, deslizamentos e miséria; ou eram muito chatas - sobre o Photoshop que usaram naquela atriz gostosa, ou o novo corte de cabelo da Fátima Bernardes.

Começou a desanimar, e ao invés de tentar escrever alguma coisa, amassou a folha em branco e jogou no chão. Imediatamente, sua gatinha Afrodite deu um pulo e tentou pegar a bola de papel. Tavinho passou a observar todos os movimentos de Afrodite, que jogava a bola para lá e para cá, se escondia como se a bola fosse um monstro que estivesse a perseguindo, e depois aparecia do nada e dava um bote em cima da bolinha de papel, jurando que tinha conseguido derrotar seu inimigo.

Sua mãe, que também assistiu toda cena, falou: “Essa Afrodite, quanta imaginação ela tem”. Ao ouvir isso Tavinho deu um pulo, beijou sua mãe em sinal de agradecimento, pegou outra folha e começou a escrever sobre o que os escritores têm em comum com os felinos: muita imaginação.