Se só os começos são bons, e para poder sentir seria necessário
estar sempre a recomeçar, o que fazemos agora, José? Nos rendemos ou vamos
embora para Pasárgada, onde talvez isso não seja necessário? Eu posso dizer do
amor (que não tive), que ele não foi perecível. Eu posso fazer entre as coxas,
porque é público e óbvio. Mas e o coração? Se só os começos são bons, como se explica
os finais felizes? Sim, eu sei, há fingimento, mas não se finge aquilo que
realmente se sente? Não estou aqui para discordar de nada, ora pois. Eu sei que
às vezes é melhor deixar tudo let it be
e que a solução não seria alguém se chamar Raimundo. Mas, é que me botaram esse
rótulo de homem e eu vou andando, vou rindo (aos solavancos) e questionando.
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