Se só os começos são bons, e para poder sentir seria necessário
estar sempre a recomeçar, o que fazemos agora, José? Nos rendemos ou vamos
embora para Pasárgada, onde talvez isso não seja necessário? Eu posso dizer do
amor (que não tive), que ele não foi perecível. Eu posso fazer entre as coxas,
porque é público e óbvio. Mas e o coração? Se só os começos são bons, como se explica
os finais felizes? Sim, eu sei, há fingimento, mas não se finge aquilo que
realmente se sente? Não estou aqui para discordar de nada, ora pois. Eu sei que
às vezes é melhor deixar tudo let it be
e que a solução não seria alguém se chamar Raimundo. Mas, é que me botaram esse
rótulo de homem e eu vou andando, vou rindo (aos solavancos) e questionando.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
O que eu preciso
Se preciso estar triste para te escrever estas linhas; de que me serve a
alegria? Você me pede para abrir a janela, mas
eu não quero ver que a chuva já não molha mais o nosso jardim. Nossos copos
estão vazios e eu estou cansada de enchê-los. Quando você me chama eu escuto
com dificuldade, parece que você está longe. Não me digas que o sol vai embora à
noite porque eu quero acreditar que o nosso amor irá durar para sempre. Prefiro
que me contes sobre o que meus olhos dizem enquanto eu choro e sinto dor.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
About me
Eu não gosto de animais e odeio literatura. Praia? não suporto! Quando alguém é grosseiro comigo finjo não entender. Nunca chorei assistindo filme de comédia e só vou ao cinema se estiver acompanhada. Acredito em príncipe encantado e em Deus. Dificilmente alguém me verá dançando. Me tornar professora nunca foi um desejo. Mudo de opinião só para agradar os outros. Tenho vergonha de falar em público. Acho o Chico Buarque um péssimo compositor e o Saramago um péssimo escritor. Nunca cometi loucuras e sou muito feliz.
Prazer, essa não sou eu.
Prazer, essa não sou eu.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
See, feel and listen
Open your window
and see your life
Feel the sun
and my love
Listen the waves
and what I want to tell
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Epifânia literária
Pela primeira vez usarei o blog para transcrever o trecho de algo que estou lendo. O motivo? O título explica!
"Romper é palavra curta e fácil; mas começar a romper...
Havíamos nos sentado e não falávamos. Inês inclinou-se, afastou minha mão de seu rosto e cravou-me nos olhos, dolorosos de angustioso exame.
- É evidente!... - murmurou.
- O quê? - perguntei-lhe friamente.
A tranquilidade de meu olhar fez-lhe mais dano que minha voz, e seu rosto se transfigurou:
- Que você já não me ama! - articulou numa desesperada e lenta oscilação de cabeça."
Horacio Quiroga - A morte de Isolda In Contos de loucura, de amor e de morte
"Romper é palavra curta e fácil; mas começar a romper...
Havíamos nos sentado e não falávamos. Inês inclinou-se, afastou minha mão de seu rosto e cravou-me nos olhos, dolorosos de angustioso exame.
- É evidente!... - murmurou.
- O quê? - perguntei-lhe friamente.
A tranquilidade de meu olhar fez-lhe mais dano que minha voz, e seu rosto se transfigurou:
- Que você já não me ama! - articulou numa desesperada e lenta oscilação de cabeça."
Horacio Quiroga - A morte de Isolda In Contos de loucura, de amor e de morte
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
The true
I smile
when I see you
I'm happy
when you kiss me
But I cry
when you kiss her
and break my heart
when I see you
I'm happy
when you kiss me
But I cry
when you kiss her
and break my heart
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